Como é o batismo na Congregação Cristã no Brasil?

A Congregação Cristã no Brasil realiza batismo por imersão total para quem livre e conscientemente crer e confessar a Jesus Cristo, reconhecendo-se pecador perante Deus, passando a arrepender-se e renascendo nova criatura perante Deus e o mundo. 

Estando as águas disponíveis, no dia do batismo quem confessar a Jesus Cristo (Atos 8:37) poderá se dirigir à sala de troca de roupas e descer às águas. O momento do batismo é depois da pregação da Palavra. Não há necessidade de inscrição prévia nem dar o nome numa lista. É um ato entre o crente e Deus. 

Já nas águas, o ancião imporá as mãos sobre a cabeça do candidato. Depois, orará pelos que serão batizados (normalmente o primeiro a ser batizado), então dirá as palavras do batismo: "Irmã(o), em nome do Jesus te batizo: em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". E segue a imersão.

Sendo o batismo um compromisso entre o crente e Deus, para garantir que esse testemunho de fé seja resultado de uma genuina conversão, compelido pelo Espírito Santo e sem coerção a Congregação Cristã no Brasil somente batiza pessoas que atinja a idade de consciência (convencionada aos doze anos). E para evitar embaraços, que a pessoa seja civilmente casada, caso viva maritalmente.

Diz o ponto de doutrina de número 6 na contracapa do hinário: “Nós cremos no batismo na água, com  uma só imersão, em Nome de Jesus Cristo (Atos 2:38) e em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.” (Mateus 28:18, 19).

A Congregação Cristã no Brasil não crê que as águas do batismo salva (mas somente a graça dispensada pela fé na obra redentora de Cristo). "Nunca se deve dizer que a água do batismo é santa água. Batizar na água por imersão sepultando o velho homem é cumprimento do santo mandamento da Palavra de Deus, mas a água não é santa. É uma água como outra qualquer, de um rio, de uma vasca, de um lagoa, etc." (Tópico de ensinamento de 1964). "

A combinação das palavras batismais de Atos 2:38 e Mateus 28:18,19 adotada pela Congregação Cristã no Brasil resulta da boa consciência de que no batismo o crente seja exclusivamente identificado com Senhor em sua morte (Romanos 6:3-7; Colossenses 2:11-15) e que seja feito sob a exclusiva autoridade ("ao nome de") do Pai, do Filho e do Espírito Santo, não havendo espaço para a autoridade humana ou denominacional.

Esse entendimento de combinar as palavras de Atos 2:38 e Mateus 28:18,19 é antigo. Embora já várias denominações a adotem e seu uso na Congregação Cristã no Brasil seja antigo, somente a partir de 1961 que foi padronizado na CCB.

Muitos, por um extremo zelo, consideram evitar o pronome "eu" do celebrante no ato de batismo exatamente para não dar sequer impressão de autoridade humana. Todavia, é um zelo louvável, porém desnecessário, pois o sujeito oculto no verbo "batizo" já está na primeira pessoa e o pronome "eu" é adotado pela Congregação Cristã em outras línguas que não possuem sujeito oculto.

Outrossim, o batismo feito por outras denominações cristãs não é o batismo de João. "João batizava para o arrependimento, dizendo que após ele viria o que batizaria com o Espírito Santo e com fogo. E terminou a sua missão. Não devemos dizer ou pregar que o batismo feito  em outras denominações e crenças seja o batismo de João. O batismo de João terminou com a vinda do Senhor Jesus." (Tópico de ensinamento de 1992).


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