O que é a unção?

Na epístola de Tiago diz: "Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados". (Tiago 5:14-15).

Jesus Cristo (em grego Cristo significa "Ungido", em hebraico é Messias) tomou sobre si nossas enfermidades. Ainda que as dores e as doenças ainda nos molestem, haverá momentos que o Senhor miraculosamente levantará o enfermo. No entanto, a unção lembra o crente de algumas coisas.

A primeira coisa é o perdão de pecados proporcionado por Cristo. "Se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados" (Tiago 5:15), então, além da doença, o Senhor também fará desaparecer dos enfermos aqueles pecados que também aflingam o crente. Portanto, não é a unção que perdoa os pecados, mas o Senhor.

A segunda coisa a ser lembrada é o cuidado com os enfermos. Da mesma forma que Jesus cuidou dos enfermos, a Igreja tem o dever de cuidar dos doentes. E pela fé e se prover Deus poderá haver cura sobrenatural.

Por fim, a epístola foi dirigida aos crentes e, portanto, a partícula "vós" afirma claramente que a unção deve ser destinada pelos crentes.

A oração da fé e a unção do óleo é um símbolo e por meio dela é aceita a cura milagrosa.

Em nome do Senhor. Na era apostólica sempre operou-se milagres pelo poder de Deus em Nome de Jesus, também neste caso, portanto, "Senhor" se refere ao Filho de Deus.

E por que o óleo?

Agora, quando se trata da questão da unção com óleo, há uma infinidade de interpretações. Geralmente há três visões evangélicas diferentes sobre o propósito que o óleo está servindo em 5:14 com várias interpretações subordinadas dentro dessas categorias. As três abordagens são

  • Perspectiva Medicinal – O óleo é usado como remédio para o crente doente. Desconsidera o poder sobrenatural da cura divina e argumenta que era uma prática medicinal da Antiguidade. No entanto, não há bases históricas de que a unção no cristianismo primitivo fosse assim.
  •  Perspectiva Sacramental – O óleo sacramentalmente para comunicar um efeito da graça. É a visão católica, servindo para o perdão dos pecados não confessados no leito de morte. No entanto, não há bases bíblicas para tal entendimento.
  •  Perspectiva Simbólica – O óleo serve como símbolo. Símbolos não são meros atos desprovidos de efeitos, mas meios de comunicar algo profundo. No caso da unção, como Jesus colocou os discípulos ungindo pessoas com óleo e curando-as (Marco 6:13). Ungir alguém com óleo demonstrava simbolicamente a bênção, dom, consagração ou capacitação de Deus (Gn 28:18, Ex 28:41, Nm 3:3). 
A perspectica medicinal não faz sentido, pois Deus ordena a aplicação universal de óleo para todas as doenças, e na época o óleo não era usado para todas as doenças, nem faria sentido que os anciãos sejam chamados. Já perspectiva sacramental não faz sentido quando o versículo 15 é levado em consideração, pois o óleo não é em si poderoso. Portanto, a unção com o óleo relembra (simboliza) a obra restauradora do Ungido (Cristo), por cujas feridas fomos curados.

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